Congresso ABVCAP 2017

 
 

5 e 6 de julho de 2017 | Teatro Santander
Av. Pres. Juscelino Kubitschek, 2041, São Paulo, SP

 

Infraestrutura continua atraente para investimentos no Brasil,
defendem especialistas em debate realizado no Congresso ABVCAP 2017.


 

São Paulo, 05 de junho de 2017 – No final da tarde desta segunda-feira, Felipe Pinto, Sócio da Pátria Investimentos, Luiz Ildefonso Simões Lopes, Senior Managing Partner, Diretor de Operações na América Latina e Presidente da Brookfield Brasil, e Marcelo Resende Allain, Secretário de Articulação para Investimentos e Parcerias da Secretaria Especial do Programa de Parcerias de Investimentos da Presidência da República – SEPPI/PR, apresentaram avaliações e opiniões otimistas relacionadas ao cenário de investimentos em infraestrutura no país. Com moderação de Carlos Augusto Carneiro, Gerente da Área de Participações do BNDESPar e Coordenador do Comitê de Infraestrutura – CEINFRA, ABVCAP, o debate fez parte da programação do Congresso ABVCAP, organizado pela própria Associação Brasileira de Private Equity & Venture Capital (ABVCAP) e realizado no Teatro Santander, em São Paulo.

Reconhecido como o maior encontro do setor de participações na América Latina, o evento apresentou um panorama das mudanças planejadas para melhorar a atratividade de potenciais investidores para futuros projetos de infraestrutura, considerando principalmente financiamento e governança. Neste sentido, Marcelo Resende Allain, destacou os planos de reduzir a participação do BNDES e de aumentar a atuação da iniciativa privada em financiamentos, além de aproximar o Brasil de modelos adotados em outros países, possibilitando que a concessionária levante fundos junto ao mercado de capitais. Para o Secretário de Articulação para Investimentos e Parcerias da Secretaria Especial do Programa de Parcerias de Investimentos da Presidência da República – SEPPI/PR, concessões recentes e futuras – já previstas – ressaltam o panorama de oportunidades que o Brasil oferece aos investidores em diferentes áreas de infraestrutura, entre elas, linhas de transmissão, geração e distribuição de energia, aeroportos, rodovias, ferrovias, óleo e gás.

Com mais de 100 anos de investimentos no setor, infraestrutura é considerada parte importante do negócio da Brookfield Brasil ou, como define Luiz Ildefonso Simões Lopes, faz parte do DNA da empresa, que nasceu com o serviço de bondes em São Paulo. Para ele, o país é um “grande demandador e o grande foco de oportunidades em infraestrutura”. Lopes ressalta que a demanda é tão alta, que a Brookfield “não para nunca de investir”. Nas rodovias, são dedicados US$ 2,5 bilhões, por ano, nas concessões já existentes, exemplificou. Mas o Senior Managing Partner, Diretor de Operações na América Latina e Presidente da Brookfield Brasil alerta: o Brasil, de fato, não é para amadores, requer convicção do investidor. “Quem é resiliente é premiado”, defende. Para os interessados em investir no setor, o executivo compartilhou uma lição que aprendeu em 2001, quando “deu tudo errado” nos projetos de duas usinas. Dezesseis anos depois, com dezenas de usinas em operação e outras em construção, o passado ensinou o quão importante é fazer um novo projeto no prazo e dentro do orçamento estimado. “Esse é um tremendo desafio e uma enorme oportunidade”, conclui.

Completando o time de especialistas, Felipe Pinto é categórico: “não tenho dúvidas que (infraestrutura) é a classe que mais cresce e vai continuar crescendo rapidamente. Tem vários atrativos para o investidor”. Atuando em quatro principais verticais, a história da Pátria Investimentos no setor começou em 2006 na área de energia renovável com a CPFL Renovável. Hoje, a empresa tem investimentos em praticamente todos os países da América Latina, em diversos setores, incluindo geração e transmissão de energia, rodovias, Telecom, TI, Água, entre outros. Para ele, que faz parte dos 17 sócios e donos de cerca de 60% da Pátria Investimentos, apostar em infraestrutura pode gerar retornos semelhantes aos de Private Equity – um dos componentes atraentes para esse negócio. Considerando as mudanças em andamento, o executivo defende que o antigo modelo de financiamento era insustentável, criava artificialismo e demandava mesmo por mudanças. Entre as conclusões finais, Luiz Ildefonso Simões Lopes ressaltou que, para bons projetos, certamente tem dinheiro e investidor.

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